terça-feira, 29 de março de 2016

A ascensão do PT e a decadência moral e intelectual do Brasil







Em tempos de decadência moral e intelectual de uma sociedade, logo se faz presente um fenômeno inteiramente destrutivo: o comando político e intelectual da sociedade passa a ser regido pelos medíocres, fracassados e ressentidos.
Eric Voegelin assenta em seu livro Hitler e os Alemães que somente em uma sociedade moribunda moralmente e com instituições inteiramente contaminadas pela estrutura ideológica é que sistemas políticos  brutais, como o  totalitarismo nazista, emergem com a aquiescência quase unânime da sociedade. Podemos interpretar esse fenômeno destrutivo com uma espécie de epidemia viral em que a ideologia se alastra primeiramente na elite intelectual,  em seguida contamina a classe governante e  só por último alcança as classes mais baixas, de tal sorte que quase ninguém escape dessa contaminação.
Nessa senda, cabe-nos  a seguinte indagação: Como foi possível que a  estrutura política criminosa do PT conseguiu, durante quase 15 anos, ludibriar a maioria esmagadora dos brasileiros e  ter o apoio maciço dos grandes veículos de comunicação a ponto de quase se transformar em uma unanimidade nacional? A resposta é simples, contudo precisa de uma pequena digressão.
Primeiramente temos de entender que a ascensão do PT ao poder não é o resultado de uma eleição, mas sim de um processo denominado  hegemonia - supremacia intelectual e moral da ideologia revolucionária, que é segundo Antonio Gramsci: "Condição ou capacidade  de influência e de direção política e cultural que, por intermédio de organismos sociais voluntários (aparelhos privados de hegemonia) um grupo social exerce sobre a sociedade civil, que esta exerce sobre a sociedade política (Estado) e que o partido da classe exerce sobre todo o processo revolucionário, sobre a Sociedade Civil e sobre a sociedade política". Na esteira da obra A Revolução Gramscista no Ocidente, Avellar Coutinho nos diz:"Somente se faz classe dominante o grupo social que antes se fez classe dirigente, conquistando a hegemonia e obtendo o consenso.
Tal como na Alemanha nazista, foi preciso que a esquerda conseguisse, através da hegemonia, tornar uníssono seu discurso  ideológico contra um dos os principais pilares da civilização ocidental - a moral judaico-cristã. Para realizar esse intento, uma série de medidas destrutivas foi inserida no seio social de forma lenta e gradativa de tal sorte que, aos poucos, todo o esteio moral a reger a sociedade fosse alterado por um relativismo cego e absoluto cujo fim máximo é incutir a amoralidade na  mente dos indivíduos para que estes, agora desprovidos de todo e qualquer padrão de moralidade, jamais sejam capazes de perceber a diferença entre vício e virtude.  É exatamente em uma sociedade contaminada por  esse estado de coisas que o mais medíocre dos homens encontra  terra fértil para produzir seus desatinos e satisfazer sua mais vil loucura. 
Foi exatamente isso que aconteceu no Brasil, ou seja, criou-se um estado de degenerescência moral avassalador para que o discurso populista de Lula pudesse pudesse produzir eco e contaminar quase toda a sociedade brasileira com sua retórica da ignorância, da burrice e da ilegalidade criminosa. O que a ascensão petista representa não é a prioridade dos mais pobres em detrimento dos mais ricos; sim o império da vilania e torpeza.  Somente em uma sociedade gravada com essa doença degenerativa é que o indivíduo consegue rejeitar a virtude para, logo em seguida, se deixar aprisionar por toda sorte de paixões, vícios e loucuras. 

Continua no próximo artigo.





terça-feira, 22 de março de 2016

Lula e Josef K.










 Josef K, célebre personagem do romance O processo de Franz Kafka, é  um funcionário de um banco que, sem nada saber ou compreender dos fatos a ele imputados, acaba por se  torna réu de um processo que, ao seu final, custa-lhe a vida. Lula, ao contrário de K, é um homem que conhece bem as acusações a ele impostas  e sabe exatamente  a substância de todos atos que praticou ao arrepio da lei, mas insiste em se fazer de vítima  diante de toda sorte de materiais e provas contra ele colhidas. Como é possível tamanha desfaçatez? Esse fenômeno só pode ser respondido se atentarmos para suas reações em situações que o desagradam.
Podemos tomar como instrumento de averiguação a forma como o Capitão-mor do PT se comportou ao ser surpreendido com uma avalanche de gravações divulgadas pela Polícia Federal  que mostram sua verdadeira face de forma mais vil e nefasta. Falastrão, provinciano e com linguagem criminosa,  o "pai dos pobres" demonstra, com baixeza e vigarice incontestáveis,  seu inteiro desprezo pelas leis e  instituições deste país.  
Diante de tamanha devassidão, o Chefe petista ao se manifestar sobre os fatos e crimes a ele imputados revelou sua mais assustadora e mortal "qualidade": a psicopatia.  Os traços de um psicopata podem ser verificados através da histeria*, esta se caracteriza pela eliminação inconsciente de informações que são (ou aparentam ser) não recomendáveis. Em virtude disso o psicopata se habitua a substituir informações desagradáveis e somente raciocina sob premissas  construídas artificialmente, pois exclui inconscientemente a possibilidade de raciocinar sobre premissas inconvenientes. Este estado de coisas provoca o hábito de raciocinar com informações falsificadas, o que gera o medo da verdade, o medo de pensar sobre algo desagradável.
Nessa senda, a mentira proferida por Lula decorre diretamente  do fato de que ele não consegue raciocinar sobre premissas verdadeiras quando estas não lhe são agradáveis, sua mente  distorce a verdade dos fatos ao ponto substituir imediatamente uma informação verdadeira por uma falsa que o agrada. É exatamente por isso que ele, diante de todo arsenal de provas irrefutáveis, insiste na fantasia de que tudo o que lhe sobrevém não passa de uma conspiração de uma elite branca que detesta os pobres.
Sua tática de fuga da realidade busca ainda produzir um efeito de má compreensão da verdade, para atingir esse propósito o ex-operário  usa uma arma chamada bloqueio reversivo*- insistir em algo que é oposto a verdade para que isso provoque um efeito que inviabilize  a percepção da verdade na mente de pessoas medianas. Lula desempenhou essa estratégia com tanta maestria que mesmo nos dias atuais, em meio a tantas provas que atestam seu comportamento criminoso,  ainda há pessoas que o defendem ferozmente e estão prontas a viver e morrer por ele. Queres prova mais cabal de que o bloqueio reversivo  funciona?

Portanto, o que estamos vivenciando com as investigações da operação Lava Jato não  é somente a  descoberta de um partido corrupto que faz sangrar os cofres do Estado para nutrir uma colônia de vermes que gravita em torno de um de partido, trata-se da tomada do Brasil por uma elite política comandada por um sociopata desprovido inteiramente da possibilidade de apreender a realidade dos fatos.  Lula mente rotineiramente ao se dizer inocente e vítima de um golpe elitista, mas  não o faz só  para esconder a verdade dos fatos que sobre ele pesam; mas sim porque do confronto com a realidade sua mente disforme a fugir o obriga. 

* Lobaczewski, Andrew - Ponerologia: Psicopatas no Poder.
Vide Editorial